Débora Lira e Luca vivem dias de fama após touca inusitada em homenagem ao Vasco
Nas últimas semanas, uma dupla de mãe e filho ganhou notoriedade no noticiário vascaíno por conta de um cabelo inusitado. Tratam-se de Débora Lira e Luca, moradores da Barreira do Vasco.
O pequeno Luca tornou-se sensação após ter ido com uma maquete do Vasco na cabeça para a escola por conta do "dia do cabelo maluco". As imagens do garotinho com uma réplica da Colina Histórica na cabeça fervilharam em grupos e página.
O assunto furou a bolha de tal forma que tornou-se matéria do Globo Esporte, com Lira tendo sido ouvida pela emissora sobre o tema.
Numa exclusiva à Analisa Vasco, Lira contou um pouco sobre sua história e de seu filho, assim como de suas relações com o Vasco.
"Eu vi morar aqui (no Rio) com uns sete anos e eu já estudava sobre os times. Eu tinha um tio que era muito fanático por futebol e eu também assistia. Quando eu vim morar aqui, vim morar justamente na Barreira do Vasco."
Lira é nascida no Ceará e criou uma relação com o Vasco a partir de sua proximidade com São Januário.
"Quando eu vi São Januário, vi tudo aquilo, né? Inclusive, em 2011, que teve aquele jogo aqui (final da Copa do Brasil), tinha muita gente. Foi a primeira vez que ganhei uma camisa do Vasco."
Tal proximidade somente fomentou um já existente amor, fortalecendo cada vez mais a relação entre Lira e Vasco.
"Eu criei esse amor, esse carinho pelo futebol e também gostava muito do clube. Fui crescendo, né? Conforme cresci, vivi a expectativa de ir ao estádio, de ver os jogadores."
Como boa vascaína, ao se tornar mãe, Lira não hesitou em passar esse amor pelo clube para seu filho, o pequeno Luca.
"Eu já tinha 18 para 19 anos (quando fui mãe). O pai também é vascaíno, todo mundo (da família) vascaíno. A gente fez o primeiro mês-versário de Vasco e a gente logo trouxe ele para assistir a um jogo em São Januário."
"Acabou que a gente tinha que trazer, né? Quando queria vir a algum jogo, ele tinha que vir junto e acabou se apaixonando não só pelo futebol, mas pelo Vasco também." contou Lira.
Para Lira, o sucesso com o cabelo do pequeno Luca foi inesperado. Ela contou um pouco da experiência.
"Não esperava por que foi uma brincadeira minha, né? A escola mandou um bilhetinho dizendo que ia ter o cabelo maluco. Eu já fiz outras vezes esse cabelo maluco nele, mas queria fazer uma coisa diferente."
"Como ele ia com uma meia diferente, com uma mochila diferente, queria fazer um cabelo diferente também. Eu ia fazer uma cruz de malta, só que na minha cabeça eu falei: 'cara, e se eu fizer uma coisa diferente que chame mais atenção e não seja menos criativo?'"
Já com a ideia na cabeça, Lira partiu para a execução. Contudo, um contratempo atrasou o processo e gerou muita frustração.
"Eu ia fazer a cruz de malta na cabeça dele mas não estava achando a tinta, então ele falou assim: 'faz um estádio, você consegue'. Eu falei: 'então tá bom, você me deu esse desafio'. Fiquei quatro horas fazendo, a primeira vez deu errado. Chorei bastante porque só tinha aquele horário. Estava bem cansada na hora e precisava dormir, mas tinha que entregar às sete da manhã, porque ele estuda de manhã."
Apesar do contratempo, Lira conta que deu certo e foi sucesso imediato quando ela publicou o cabelo do filho na internet.
"Acabei conseguindo fazer essa (maquete). Não foi uma coisa tão elaborada, mas eu fiz e, quando eu fiz, postei. Aí, alguns minutos depois, já estava virando assunto."
A convivência no entorno da Barreira do Vasco
Como moradora e comerciante do entorno da Barreira do Vasco, Lira será afetada pela reforma de São Januário, prevista para ocorrer entre 2025 e 2027. Para ela, a reforma é positiva e pode ajudar em diversos âmbitos.
"É bom pela capacitação de mais pessoas, inclusive para poder conseguir ingressos. Muitas das vezes não consigo ingresso e fico do lado de fora, mas o amor é o mesmo."
Lira também comentou sobre a sua expectativa para a reforma do estádio.
"Espero que a capacitação seja maior, inclusive, que seja mais abundante para a gente comerciante aqui da Barreira. Ajuda muito, fora o fato de que a gente precisa. Ás vezes, tem gente que vive disso, né? No meu caso, eu tenho a minha clientela mais em dia de jogo. Esse último dia de jogo não dei conta, mas tive meus amigos que me ajudaram, inclusive queria agradecer a eles. Espero que nos próximos jogos seja do mesmo jeito e quando fizer a reforma também, por que vai melhorar e chamar mais pessoas. São mais clientes, mais pessoas para ajudar."
Esperança por dias melhores
Como vascaína, Lira aspira ver o time vivendo dias melhores para que o pequeno Luca possa saborear um time mais vencedor do que os que ela, até aqui, viveu.
"Cara, espero que o Luca veja um Vasco de muitos títulos, um Vasco que eu não consigo ver. Inclusive, é sonho dele jogar no Vasco também. Espero que seja um desses, né?."
"A gente viu o Rayan criança aqui, crescendo, se tornando jogador do Vasco. Outros passaram por aqui, são colegas, mas espero que ele veja um Vasco mais vencedor. O Vasco é sentimento, não é só um time. É o nosso sentimento."
Um convite para a Barraca da Lira
Como comerciante, Lira oferece um espaço confortável e com bons produtos na proximidade de São Januário. A sua barraca é um bom local para o pré, durante e pós das partidas do Vasco.
"A minha barraca é de doce, eu sou confeiteira, mas em dia de jogo nem todo mundo quer comer um doce, às vezes quer beber uma cerveja. Pensando nisso, comecei a investir em cervejas, bebidas, água, refrigerante, coisas novas. Óbvio que os doces vão estar lá também, pois é o nosso fundamental. Os bolinhos, as tortas. Só que, em dia de jogo, se você quiser ir lá para poder se divertir, o Sambarreira é bem na frente, que também são nossos camaradas, sempre compram um bolo lá com a gente. Cheguem lá e dêem uma ajuda para a amiga também, tá?"
A Barraca da Lira fica situada na entrada da comunidade da Barreira do Vasco, próximo à Associação de Moradores da Barreira. A Analisa Vasco convida você, que frequenta o entorno de São Januário, a conhecer o trabalho da nossa entrevistada.
Comments